O BURBURINHO DAS RUAS

Câmara e Prefeitura - Uma nova fase

Parece estar se configurando uma nova fase de entendimentos entre a Câmara de Vereadores de Marechal e a Prefeitura, ou melhor, entre os vereadores e o prefeito.
Esta é a visão de quem observa os últimos acontecimentos onde, para aprovar dois projetos aparentemente cobertos de sombrias núvens, foi convocada um sessão extraordinária que vem atrelada a um jetom extra para cada vereador.
Os projetos não têm a menor características de urgência e poderiam esperar muito bem para a próxima reunião ordinária que deverá acontecer na sexta, dia 12, já que a próxima está cravada com um apetitoso ponto facultativo decretado pelo presidente Neilton. O ponto facultativo é só na Câmara e como tal ninguém trabalha... lógico!
Segundo comentou um assessor muito próximo a Matheus, este teria justificado a extraordinária como forma de ser o início de uma paz reinante entre os dois poderes.

Os Projetos
A Convocação de nº 002/2010 versa sobre a apreciação e votação (leia-se aprovação) dos projetos de lei Nº 004/2010 que trata do FAPEN e ao de nº 003/2010 que cria a Coordenação Municipal de Defesa Civil. Os tais projetos que causaram a convocação de uma sessão extraordinária na realidade são para alterar artigos que ampliam a participação patronal no FAPEN e revogar a Lei nº 778/2002 de 29 de maio daquele ano que criava a "Coordenadoria Municipal de Defesa Civil. A diferença é tão somente que a direção recém criada remunera a todos por serem cargos de confiança e ainda, pelo que se comenta nos bastidores, serão ocupadas por pessoas alheias ao município (os chamados forasteiros) . Na anterior os próprios funcionários eram os dirigentes e ainda era contemplada com um conselho comunitário composto por representantes da Secretaria de Assistencia Social, da Sociedade Musical, das ações comunitárias e das igrejas. No seu artigo 12, a Lei revogada preconizava que os servidores públicos designados para colaborar nas ações emergenciais exerceriam suas funções sem prejuizo das funções que ocupam e não faiam jus a qualquer espécie de remuneração.

Obscuridade
Nos dois projetos de lei, segundo o que a futricada fala nos corredores da Câmara, os dois projetos não são os cordeirinhos que se pretendem que pareçam. Neles parece existir interesse obscuros que só apareceriam se lidas as suas entrelinhas os transformando em lobos travestidos. Numa análise bem futrica pode se dizer que enquanto um beneficia os "forasteiros" até com remunerações de secretários, o outro está sendo um exigência em função de probleminhas com a liberação de outros recursos. Isso tudo com a grande vantagem de conseguir um namoro afetuoso entre os dois poderes. Na sessão de aprovação, a própria convocação sequer foi respeitada, pois nem foram lidos os projetos para que o povo tomasse conhecimento de seu teor (o que é obrigatoriedade se não legal, mas moral e ética) e tampouco houve a menor discussão do assunto. Aprovação imediata com tudo na mais perfeita paz, aquiescência e harmonia. Aplausos!!!

Filial de Maceió
Os trabalhos da prefeitura agoram começam a aparecer. Não são aqueles do Governo do Estado como a pavimentação de acessos e ruas. São as praças que começaram a ser reformadas e construidas com a retirada dos famosos e contestados pisos DD para colocação dos que, seguindo o bom exemplo da prefeitura de Maceió estão sendo colocados. Já andam futricando que Marechal está sendo a filial da Capital.


Agora a Praça
Até que enfim chegou ao fim (dá rima) a polêmica da praça em frente ao Joviniano Rodas. Dona Zezinha foi devidamente idenizada e seu estabelecimento devidamente derrubado para a felicidade de alguns. É um local interessante - entrada da cidade - e como tal merece ter um tratamento melhor. Mas se a falta de obras e manutenção que vinha acontecendo seria por falta de dinheiro (não dá muito pra entender, mas...), não seria mais prudente melhorar as escolas, comprar remédios para os postos de saúde, dar melhores condições para a feira, entre outros queixumes dos deodorense. As duas coisas são importantes, mas se não dá pra conciliar a beleza com a necessidade deve-se estabelecer prioridades. "Me diga se estou errado..." como diria aquele apresentador da TV. Só esperamos que a praça possa servir para atender as crianças e jovens que por alí transitam. A falta de equipamentos para as crianças é assustadoramente flagrante na cidade e um play-ground poderia ser inserido na nova praça. Ainda está em tempo.

Escorrego

A nossa língua pátria é muito rica e bela, mas deixa muita gente boa  a mercê de cascas de bananas. Outro dia um ilustre edil, homem culto e preparado, afirmou que o problema da Santa Rita era em função das "águas fluviais" que estariam deixando algumas ruas intransitáveis. Alguns poucos assistentes das ricas sessões da Câmara ficaram na dúvida se o problema estaria no escorrego causado pelo nervosismo natural que assola quem está no púlpito a discursar ou se haviam mudado o curso de algum rio forçando-o a passar pelo povoado da Santa Rita.

Feira Livre
A localização da feira de Marechal é sem dúvida um grande problema para o desenvolvimento do turismo doméstico. Em sendo aos sábados e domingos prejudica sensivelmente a visitação ao Centro Histórico pelo caótico trânsito e sugeira que provoca. Em recente enquete realizada por este blog, a população deodorense indicou, com larga margem de preferência, a Vila Altina como sendo o local ideal. O que é justificável pela localização, condições topográficas e disponibilidade de acessos. O terreno que a prefeitura ensaiou adquirir, investindo até em terraplenagem, para a realização de um local multi-uso nas proximidades da Vila Altina parecia ideal. Feira e eventos (o ópio popular de que gostam tanto - o povo da prefeitura, como os deodorenses). Vai para a Poeira (local altamente inadequado) vai para Taperaguá e acabou os feirante e alguns comerciantes vencendo a batalha - a feira está de volta agora em piores condições pela redução de uma das vias calçadas. E agora senhor prefeito?