sábado, 5 de dezembro de 2009

Maré alta de Novembro de 2009

Por Aristides Arrais

Tudo muito lamentável!
As pessoas de bem (e coloquem bem nisso) – porque os pilantras também se dizem pessoas do bem - aguardam com alguma desesperança o resultado de um universo de absurdos que vão ficando para trás. Má administração pública, corrupção, incompetência, imoralidades mil. Injustiças, omissões e protelações judiciais se tornam tão corriqueiras que logo caem no vazio do desânimo popular.

O que dizer?
Numa seqüência de eleições elege-se um político que surge do nada (simples repórter do mundo cão), que vai devorando, de forma surpreendente, diversos espaços políticos a nível municipal, estadual e federal. À falta de uma ligação conhecida com nosso município, de repente, sem qualquer experiência comprovada na área da administração pública, ei-lo candidato ao cargo executivo de Marechal Deodoro. Num abrir e piscar de olhos, um quase desconhecido da comunidade deodorense, é eleito prefeito.


Apenas o esperado

Ora! A comunidade votou nele que venceu as eleições por maioria de votos!
Houve um festival de turistas participando dos primeiros momentos de sua administração? Houve! Mas isso era bem previsível dentro de uma corrupta cultura de moeda política. Aos poucos o turismo foi minguando. E, é bom que se diga, quatro secretarias já estão sendo ocupadas por pessoas cá da terra. A secretaria da Educação tem na sua chefia uma pedagoga. É importante ter uma boa equipe para assessorá-la. E existem elementos de gabarito no município. É apenas uma questão de oportunidade. A secretaria do Meio Ambiente, foi assumida por um cidadão cuja dedicação e trabalho em prol do meio ambiente é notoriamente conhecido e reconhecido, tendo a assessorá-lo sua esposa, uma bióloga. Sua maturidade já deve ter lhe aperfeiçoado, esperamos, o necessário jogo de cintura, para evitar atitudes extemporâneas ou radicais. A secretaria do Turismo acaba de ser ocupada por um personagem ainda pouco identificado com a comunidade. Como nós outros, na linguagem do ex-prefeito, é um forasteiro. Porém é um cidadão radicado no município, que já revelou capacidade de empreendedor em atividades locais. Tem conhecimento da área? Pouco se sabe. Todavia, se tiver capacidade de formar uma boa equipe para assessorá-lo poderá realizar uma grande obra, o que se deve esperar urgentemente de uma secretaria dessa natureza. Para isso é essencial todo o apoio do prefeito. Temos que aguardar o frigir dos acontecimentos. Pela secretaria da Infra-Estrutura responde um político, velho conhecido da comunidade que já respondeu pelo espaço ao tempo do ex-prefeito Múcio Amorim. Capacidade? Uma interrogação. De qualquer modo aguardamos resultado. É uma secretaria de muita ação executiva. Atentemos: Não é decorativa, certo? Pelo exposto, a situação atual após quase onze meses de gestão, já tem mais intenções de acertos do que seu antecessor.

Um outro ponto
Quando, à época das coligações, o atual prefeito se coligou com o grupo do ex-presidente da câmara, houve um temor muito grande de tenebrosas conseqüências de influência causadas por tão comprometida figura, dentro da prefeitura! Todavia, o que se vem notando é uma consistente capacidade de neutralização da presença do vice, o que por si só, está evidenciando boa visão do alcaide mor. E por isso, nos lembramos de uma conhecida que administrou, durante algum tempo, uma pousada no Francês que falava a toda a hora: Assim que tem que ser!

A justificação
Mas, porque estamos fazendo tais considerações que aparentam (somente aparentam) uma postura pró atual prefeito? Seremos objetivos: Temos notado que estão sendo desenvolvidos focos de contestação à atual administração alguns até justificáveis, mas que na forma como vem sendo colocados parecem ter no seu bojo a promoção do prefeito anterior. E aí reside o grande perigo.

Para jamais esquecer
Não podemos esquecer a operação gabiru. Além desse processo, o ex-prefeito responde por outros tantos por má administração, malversação e desvio de recursos. Nos últimos quatro anos de sua gestão, entraram no tesouro municipal cerca de R$ 195.000.000,00 (cento e noventa e cinco milhões de reais) do qual não se prestou contas à comunidade Deodorense. A prefeitura não é - e nunca foi - uma empresa privada com dono absoluto. É uma instituição pública do povo, que tem como objetivo primordial, resolver as carências da população a quem se deve prestar contas por meio de atos públicos de transparência total, mostrando com toda a clareza, a destinação de cada centavo recebido. E isto serve para o passado, o presente e o futuro.

2 comentários: