Alguns anos mais tarde (por volta de 1823) José Bonifácio chegou a sugerir que a nova capital fosse chamada de Petrópolis ou Brasília, o que virou lei em 1891 com a definição da Comissão Exploradora do Planalto Central. Foi o amigo de Pedro II, o astrônomo belga Luiz Ferdinand Cruls, que a frente dessa comissão, realizou um estudo mais detalhado da região ficando registrado o resultado em 1922 num mapa do Brasil com a inclusão da área então chamada de "quadrilátero Cruls".
No entanto, foi só em 1954, no governo do Presidente Café Filho, que surgem Niemeyer (arquiteto), Lúcio Costa (urbanista), Joaquim Cardoso (calculista) e posteriormente Burle Marx (paisagista) que, sob o comando do marechal José Pessoa, compondo a Comissão de Localização da Nova Capital Federal. E, graças à visão de futuro, determinação e espírito emprendorista de Juscelino Kubitschek, a cidade foi erguida entre 1956 a 1959.
E é nesse "célebro das altas decisões nacionais" (incluindo as mais espúrias) que chegamos, eu, minha esposa e meu caçula, sendo recebidos por meus filhos que aqui residem. Circulando por suas avenidas ficamos, como sempre que aqui voltamos, boqueabertos com a suntuosidade, funcionalidade de seu traçado e arquitetura escultórica, inovadora e bela, hoje emolduradas por uma vegetação cada vez mais exuberante antes inexistente. Todo esse cenário até nos faz esquecer que aqui também se escondem, em meio a uma grande leva de pessoas conscientes, politizadas, trabalhadoras e honestas (verdadeiros brasileiros) um balaio de embusteiros que aí estão por serem escolhidos por um outro brasil formado de ignorantes, despreparados ou até ingênuos eleitores que trocam sua maior arma por esmolas (infelizmente ainda a maioria dos eleitores).Ainda tenho a esperança, no entanto e enquanto vivo, de aqui constatar uma outra realidade que certamente seria aquela idealizada por JK, Niemeyer, Lucio Costa entre outros que participaram da concepção de Brasília.
Paulo Placido
muito interessante!
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