Escolher um candidato não é (ou pelo menos não deve ser) um ato tão simples como verificar qual é o mais charmoso, o bonzinho, o que é amigo ou simplesmente o que faz donativos nas proximidades da eleição. Temos sempre procurado alertar aos eleitores que esse tipo de voto pode até nos beneficiar no dia, na semana ou mesmo nos quatro anos que seguem as eleições, mas não leva esses mesmos benefícios a nossos familiares, a nossos amigos e muito menos a nossos vizinhos de rua, bairro ou cidade.
Para escolher um candidato é fundamental que se refresque a memória e se busque em nossos arquivos as idéias, as condutas e, principalmente as atitudes de quem hoje volta a nos pedir votos. Eles nos procuram com um ar de pureza, de lisura, de coragem, iniciativa e disposição para o trabalho em prol da comunidade. E será que alguém procura um tempinho vago para constatar se há veracidade nesses discursos atuais? Alguém por ventura questiona a conduta desses candidatos nos cargos vividos? Alguém investiga o que realmente aconteceu com esses puros e bem intencionados candidatos no passado? Normalmente NÃO!
Parece que sequer o eleitor se preocupa em revolver o baú para lembrar que houve em um passado não muito distante um gigantesco e inédito confisco monetário, medidas duras de enxugamento da máquina estatal, como a demissão em massa de funcionários públicos e a extinção de autarquias, fundações e empresas públicas. A memória leva alguém a lembrar das contratações irregulares e em massa às vésperas se extendendo até o dia da transmissão do cargo? Será que lembram também que houve a abertura da economia nacional à competição externa, facilitando a entrada de mercadorias e capitais estrangeiros no país? Dificilmente a memória desses incautos eleitores lhe aponta a constatação de que todas essas medidas não acabaram com a inflação e aumentaram a recessão. Ninguém se esforça para recordar que logo após foi dado início a uma grande rede de corrupção com envolvimento de ministros e altos funcionários acusados de malversação do dinheiro público e de favorecimento ilícito a seus familiares que tem reflexos até os dias atuais.
Não existe sequer a preocupação de verificar o passado recente de candidatos que se envolveram em escândalos ou que não têm equilíbrio emocional necessário para enfrentar contestações e bem administrar a máquina pública.
Verificar que o nosso candidato também é um “ficha limpa” não garante que ele terá uma boa atuação, isenta das tentações de se confundir com os limites da decência, mas já nos dá um grande indício de que estamos fazendo uma boa escolha. Escolha esta que é bem melhor do que a dos idiotas, imbecís e não menos corruptos que vendem sua consciência por quinquilharias. O que nos deixa enojado é saber que nessa classe não se enquadram apenas a população analfabeta, ignorante e alienada. Nessa classe estão muitos letrados da política que trocam sua idoneidade moral por favorecimentos pessoais. Essa desprezível classe de eleitores, que enlameia a política nacional me causa asco, repugnância, me induzindo a permanecer cada vez mais longe para evitar o refluxo gastro-esofágico que tem me acometido, e com mais freqüência diante da proximidade da eleição.
Para escolher um candidato é fundamental que se refresque a memória e se busque em nossos arquivos as idéias, as condutas e, principalmente as atitudes de quem hoje volta a nos pedir votos. Eles nos procuram com um ar de pureza, de lisura, de coragem, iniciativa e disposição para o trabalho em prol da comunidade. E será que alguém procura um tempinho vago para constatar se há veracidade nesses discursos atuais? Alguém por ventura questiona a conduta desses candidatos nos cargos vividos? Alguém investiga o que realmente aconteceu com esses puros e bem intencionados candidatos no passado? Normalmente NÃO!
Parece que sequer o eleitor se preocupa em revolver o baú para lembrar que houve em um passado não muito distante um gigantesco e inédito confisco monetário, medidas duras de enxugamento da máquina estatal, como a demissão em massa de funcionários públicos e a extinção de autarquias, fundações e empresas públicas. A memória leva alguém a lembrar das contratações irregulares e em massa às vésperas se extendendo até o dia da transmissão do cargo? Será que lembram também que houve a abertura da economia nacional à competição externa, facilitando a entrada de mercadorias e capitais estrangeiros no país? Dificilmente a memória desses incautos eleitores lhe aponta a constatação de que todas essas medidas não acabaram com a inflação e aumentaram a recessão. Ninguém se esforça para recordar que logo após foi dado início a uma grande rede de corrupção com envolvimento de ministros e altos funcionários acusados de malversação do dinheiro público e de favorecimento ilícito a seus familiares que tem reflexos até os dias atuais.
Não existe sequer a preocupação de verificar o passado recente de candidatos que se envolveram em escândalos ou que não têm equilíbrio emocional necessário para enfrentar contestações e bem administrar a máquina pública.
Verificar que o nosso candidato também é um “ficha limpa” não garante que ele terá uma boa atuação, isenta das tentações de se confundir com os limites da decência, mas já nos dá um grande indício de que estamos fazendo uma boa escolha. Escolha esta que é bem melhor do que a dos idiotas, imbecís e não menos corruptos que vendem sua consciência por quinquilharias. O que nos deixa enojado é saber que nessa classe não se enquadram apenas a população analfabeta, ignorante e alienada. Nessa classe estão muitos letrados da política que trocam sua idoneidade moral por favorecimentos pessoais. Essa desprezível classe de eleitores, que enlameia a política nacional me causa asco, repugnância, me induzindo a permanecer cada vez mais longe para evitar o refluxo gastro-esofágico que tem me acometido, e com mais freqüência diante da proximidade da eleição.
Paulo Alencar
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